Por Ming Liu O algodão originou-se no sudeste da África e na América do Sul. Atualmente, com sua aplicação como fibra natural e também como fonte de proteína vegetal, ele é uma commoditie, cultivado em mais de 80 países. Hoje, o maior produtor mundial é a China, depois vem os Estados Unidos. A disseminação da produção de algodão no mundo fez dele a mais importante commoditie do mercado, porém existem aspectos negativos no seu processo de fabricação. Nos Estados Unidos, por exemplo, mesmo com a forte e severa regulamentação da produção, essa matéria-prima é responsável pelo uso de cerca de 25% de todos os pesticidas aplicados na agricultura. Em países em desenvolvimento e com menos restrições na regulamentação e aplicação de defensivos agrícolas, esse índice pode ser até maior. Segundo a OTA (Organic Trade Association), o algodão ocupa pouco mais de 2,4% de toda a área agriculturável do planeta, porém é responsável por 24% das vendas do mercado global de inseticidas e 11% das de pesticidas. Nesse quadro, surge como uma alternativa o algodão orgânico, que é cultivado em mais de 18 países. No campo, sai a dependência química e entra o processo de cultura biológica. Os produtores trabalham com a prevenção em vez do combate reativo das pragas e dos problemas gerados pela monocultura. Sob o ponto de vista socioeconômico, a produção de algodão orgânico vem acabando com a mão-de-obra barata e às vezes até a infantil, além de reduzir o impacto dos grandes produtores mundiais que sacrificam a cadeia em busca de volume e produtividade. Nos processos de manufatura do algodão orgânico, não há adição de petroquímicos, ceras, formaldeidos, agentes químicos preventivos, alvejantes químicos e outros produtos que dão o aspecto final de tecido macio, que não encolhe, não amassa, é antiestático, e outros atributos que comercialmente as empresas vêm tentando apresentar ao consumidor. Outra fase da produção convencional com grande potencialidade em deixar resíduos nocivos no meio ambiente e ao usuário é o chamado processo de finalização, em que se aplicam tintas e coloração no tecido. Nesses ingredientes encontramos facilmente a aplicação dos compostos de metais pesados, tintas à base de solventes químicos, benzeno e organoclorideos que, cada vez mais, são responsáveis por reações alérgicas no seu uso. Produtos alternativos como óleos naturais e biodegradáveis, amidos vegetais, tinturas naturais de origem animal e vegetal e até sementes de variedades de algodão de cor natural são utilizados na produção orgânica. Por essas características próprias, mercados como o Japão e Europa têm aumentado a demanda não apenas pela consciência ecológica, mas como forma de buscar a prevenção para possíveis problemas de saúde e alergias. Hoje, podemos dizer que o tecido orgânico também está incorporado aos conceitos de moda e alta-costura, buscando atingir um público diferencial, formador de opinião. Marcas internacionais conhecidas, como GAP, Diesel, YSL, Wal-Mart, Nike e outras, adotaram a peça feita de algodão orgânico. No Brasil, já temos estilistas utilizando em seus lançamentos o produto sustentável. Os compradores internacionais, quando procuram o algodão orgânico brasileiro, além das certificações necessárias para comercialização, querem informações sobre a rastreabilidade de toda a cadeia produtiva têxtil (todos os passos da produção e do processamento, da fibra ao produto final). Por isso, a produção e a certificação dos produtores ainda estão no início. Entretanto, com o apoio técnico da Embrapa, algumas cooperativas locais já plantam e fiam o algodão orgânico tingido naturalmente. Um exemplo é a Natural Fashion, que reúne 45 cooperados e gera 850 empregos diretos e indiretos na Paraíba. Hoje sua produção é destinada ao mercado externo, que atende as diferentes exigências de cada país-alvo. A demanda pelo algodão orgânico existe, é crescente em todo o mundo, e cada vez mais novos produtores estão se adaptando e investindo no setor.
Ming Liu é coordenador-executivo do Organics Brasil. www.organicsbrasil.orge-mail: mingliu@organicosbrasil.orgFoto: Divulgação
sábado, 24 de janeiro de 2009
1º SALÃO MODA BRASIL ACONTECE EM 2009
Boas surpresas estão previstas para 2009. Uma delas é a primeira edição do Salão Moda Brasil, que vai acontecer de 28 a 30 de junho, no Expo Center Norte, em São Paulo. A nova feira irá reunir 400 expositores de seis setores diferentes: moda íntima, moda praia, moda masculina, fitness, têxtil e aviamentos. O evento, realizado pela New Stage Produções e Eventos, recebeu investimentos de R$ 5 milhões e deve atrair cerca de 30 mil compradores de todo o país e também do exterior. “O Salão foi pensado para atender às necessidades do lojista que busca condições mais adequadas para a realização de bons negócios como variedade de produtos e fornecedores, localização privilegiada e o know-how dos promotores na realização de feiras comerciais”, ressalta Ana Flôres, diretora da New Stage. O Salão Moda Brasil, que vai exibir as novidades da temporada Primavera-Verão 2009-2010, conta com a Abit e o Sinditêxtil. Para saber mais detalhes, acesse: www.salaomodabrasil.com.br
Fiquem ligadaaas!
VAGAS ABERTAS PARA 3ª EDIÇÃO DO FASHION TRIP PARIS
Para entender o que é a moda não basta conhecimento teórico. É preciso viajar, observar, conhecer outras culturas, relacionando passado com o presente. Essa é a proposta do Fashion Trip Paris, que faz sua terceira edição em março de 2009. O projeto de imersão cultural na moda se divide em duas etapas: a primeira acontece em Belo Horizonte com aulas teóricas e a seguinte é uma viagem a Paris, capital da moda, com um roteiro que inclui história, turismo e moda. Os participantes vão visitar museus, exposições, lojas e lugares especiais, onde a informação e o estilo desse particular universo predominam. Todo o trabalho é coordenado pela consultora de moda e diretora do Bureau, Natalie Oliffson.A idéia é desenvolver e ampliar visões dos profissionais e estudantes da área, que buscam evoluir em seus trabalhos. Para mergulhar no mágico mundo da moda, é preciso ficar atento. As vagas estão abertas e a viagem já tem data marcada. Será no dia 12 com retorno em 21 de março de 2009. Para participar, os candidatos devem passar por uma entrevista de seleção. Mais informações podem ser solicitadas pelo email: paris@fashiontrip.com.br ou por meio do telefone: (31) 3344 8090.
Para entender o que é a moda não basta conhecimento teórico. É preciso viajar, observar, conhecer outras culturas, relacionando passado com o presente. Essa é a proposta do Fashion Trip Paris, que faz sua terceira edição em março de 2009. O projeto de imersão cultural na moda se divide em duas etapas: a primeira acontece em Belo Horizonte com aulas teóricas e a seguinte é uma viagem a Paris, capital da moda, com um roteiro que inclui história, turismo e moda. Os participantes vão visitar museus, exposições, lojas e lugares especiais, onde a informação e o estilo desse particular universo predominam. Todo o trabalho é coordenado pela consultora de moda e diretora do Bureau, Natalie Oliffson.A idéia é desenvolver e ampliar visões dos profissionais e estudantes da área, que buscam evoluir em seus trabalhos. Para mergulhar no mágico mundo da moda, é preciso ficar atento. As vagas estão abertas e a viagem já tem data marcada. Será no dia 12 com retorno em 21 de março de 2009. Para participar, os candidatos devem passar por uma entrevista de seleção. Mais informações podem ser solicitadas pelo email: paris@fashiontrip.com.br ou por meio do telefone: (31) 3344 8090.
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