Mostrando postagens com marcador linho. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador linho. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O LINHO: LINHAGEM E REQUINTE


Os modernos estudos, que misturam arqueologia com chips da última geração, indicam que os mais antigos tecidos-se é assim que podemos chamar- não foram achados apenas na Mesopotâmia ou no Egito, ainda que nesses locais os primeiros vestígios têxteis comprovadamente pertençam a épocas bem remotas.

Tudo indica, à luz da ciência, que os fragmentos preciosos de um passado mais remoto no campo têxtil foram localizados ao norte da Europa, nas geladas fronteiras onde se juntam o extremo norte da Noruega, Suécia e Finlândia. Lá há charcos, pântanos, poças e lagoas, que passam a maior parte do ano congelados e que no efêmero verão exibem pálidos musgos, arbustos, florezinhas silvestres e o línquen, tipo de uma planta que só existe naquela região, semelhante à turfa, matéria esponjosa constituída por diversos fragmentos de diversos vegetais e também abundante neste local.

Foi nesse cenário que se encontrou resíduos de um tecido que sinalizava, provavelmente uma peça de vestuário. Seria a fibra do linho, que ainda hoje encontra melhor desenvolvimento em lugar lacustres e pantanosos, climas frescos e úmidos, temperados um subtropicais. Os maiores cultivadores de linho encontram-se na Europa, seguindo-se a Ásia e a África. Atualmente o Brasil possui apenas uma único fábrica de linho, o Linifício Leslie, situado no Rio de Janeiro; a fábrica recebe os fardos da fibra e processa a tecelagem ue se destina ao vestuário- até as grandes grifes da moda no exterior são suas compradoras - e á decoração de interiores.


Parágrafos do livro Fio a Fio ( tecidos, moda e linguagem )

Escrito por Gilda Chataignier

sábado, 25 de outubro de 2008

HISTÓRIAS SOBRE O LINHO


Os egípcios eram proibidos de serem enterrados com vestes produzidas com fibras animais. A mumificação era feita para o povo, com camadas de panos velhos, outras de panos novos e por último em invólucro de linho. Já os faraós, reis e rainhas, sumos sacerdotes e altas autoridades eram totalmente embalsamados com o linho, que sempre teve a linguagem do poder, ainda que o povo usasse esse tecido em versões mais rudimentares.
Em algumas cilizações antigas o linho possuía valor monetário e era moeda de troca muito utilizada. Nas guerras, epidemias, cataclismos, etc. os tecidos eram trocados por alimentos. Mas além desse aspecto material, olinho branco-principalmente quando cintilante em sua brancura obtida com lavagens especiais-simbolizava sagrado e a pureza.
Na Bíblia há diversas menções ao limho, tanto no Antigo como no Novo Testamento. O Santo Sudário, manto no qual foi envolvido após a retirada da cruz, também consta que era feito de linho.
A indústria do linho no território onde hoje é a França, foi introduzida pelo imperador Carlos Magno no Século VIII d.C.

Parágrafos retirados do livro Fio a Fio ( tecidos, moda e linguagem)

Autora: Gilda Chataignier